Blindar um veículo é a forma que os condutores usam para ter mais segurança ao circular nas vias públicas.
No Brasil, a blindagem é de responsabilidade do Exército Brasileiro e da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Para que a blindagem seja feita, é preciso da autorização do Exército.
A maioria das pessoas acha que a blindagem é uma camada de proteção colocada na parte externa do carro, mas na realidade, a camada de proteção está dentro do carro.
Para que um carro seja blindado, é preciso desmontá-lo quase por completo. A blindagem nada mais é que a instalação de placas balísticas em diversas partes do automóvel.
É comum pensarem que só a carroceria do veículo recebe e blindagem, mas não é o que acontece. Até os pneus recebem um tipo de proteção. Continue lendo este artigo para saber mais.
Há dois tipos de blindagem: a opaca e a transparente. A blindagem opaca é utilizada para fazer a proteção da maior parte do veículo, como a carroceria, os pilares, teto, portas e porta-malas.
Já a blindagem transparente é usada nos vidros. Nesse caso, o que acontece é a troca dos vidros comuns por um de policarbonato, que impedem a passagem de algumas munições.
Os tipos de materiais usados para a blindagem são:
Há dois tipos de blindagem: a opaca e a transparente. A blindagem opaca é utilizada para fazer a proteção da maior parte do veículo, como a carroceria, os pilares, teto, portas e porta-malas.
Após ter todos os documentos aprovados pelo exército e pela Abrablin, é hora de começar a de fato blindar o automóvel.
O processo deve ser feito por uma blindadora credenciada e o processo pode demorar até 30 dias. É recomendado que o proprietário faça visitas na blindadora durante todo o processo, para averiguar se o serviço está sendo feito corretamente.
Para que o veículo seja blindado, ele é praticamente todo desmontado, salvo algumas partes como o motor. E assim começa a instalação da aramida, aço balístico, entre outros.
Existem seis níveis de blindagem, porém não são todos que estão disponíveis para o uso de civis no Brasil.
Cada tipo de blindagem representa um nível de proteção, sendo o maior nível de proteção de uso exclusivo das Forças Armadas Brasileiras.
Os tipos de blindagem são I, II-A, III-A, III, IV e V, abaixo você confere o nível de proteção de cada um deles. Os mais comuns no Brasil são o II-A e o III-A.
A nível III é restrita e só pode ser instalada com autorização das Forças Armadas Brasileiras, já a de nível IV é restrita às Forças Armadas.
Para blindar um veículo é necessário fazer o cadastro na Região Militar do seu interesse e agendar uma data para a entrega do Certificado de Registro. Também é necessário apresentar os documentos abaixo:
Também é necessário emitir a Guia de Recolhimento da União (GRU) e pagar o valor do documento.
O Certificado de Registro do Exército, conhecido como CR, é um documento de porte obrigatório para os proprietários de carros blindados.
Sem ele em mãos, o veículo pode ser retido até a regularização, como podemos ver na Portaria nº 55 – COLOG de 2017. Isso vale tanto para pessoa jurídica quanto física.
É através dele que um agente de trânsito sabe que aquele veículo tem autorização para ser blindado. Vale ressaltar que a blindagem do veículo deve constar também no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo.
Não existe um preço fixo para a blindagem de veículos. O valor varia de acordo com a blindadora que o proprietário escolher para fazer o serviço.
Soma-se ao serviço o valor da mão de obra e o valor dos materiais usados, então, dependendo da qualidade ou da marca das peças, o valor pode sofrer alterações.
Mas, para se ter uma base, usando o valor de um Corolla em 2018 para a blindagem de nível III-A, o valor pode variar de de R$39.000,00 a R$65.000,00, dependendo da blindadora.
A garantia é essencial pois com ela é comprovado que o veículo está protegido, garantindo assim a segurança dos seus ocupantes.
Para ter essa garantia, é preciso que o material usado seja de qualidade e passe por todos os testes impostos pelo Exército e pela Abrablin.
A blindagem de veículos muitas vezes salva vida do motorista e dos passageiros, por isso, é extremamente importante comprovar a segurança oferecida por esse serviço.
Há controversas quando o assunto é a validade da blindagem. Algumas pessoas afirmam que a blindagem pode durar de 5 a 10 anos, se for de boa qualidade. Outras, garantem que a blindagem dura o mesmo tempo que a vida útil do veículo.
O que acontece é que a blindagem opaca, a que fica na parte interna do veículo, é realmente resistente e pode sim durar por um longo período. Porém, a blindagem transparente, a que fica nos vidros, pode ser danificada mais rápida.
Antes das alterações na lei da blindagem, que ocorreu em 2017, quando um vidro blindado era danificado, era possível fazer o reparo no próprio vidro, arrumando apenas a parte atingida. Hoje em dia, é necessário trocar o vidro por completo.
A blindagem em si não tem uma data de validade específica. Já o Certificado de Registro tem a validade de três anos.
Após todo o procedimento de desmonte, aplicação das camadas de blindagem e remontagem, os veículos passam por dois importantes testes.
O primeiro dele é o “teste de tempestade”, realizado em um local fechado, com chuveiros que simulam uma tormenta para verificar se o veículo está com algum vazamento e precisa de reparos.
O segundo, e mais importante teste, é o teste de balística. Nesse teste diferentes tipos de armas são utilizados para a comprovar a resistência dos produtos de acordo com o nível determinado.
Algumas montadoras já começaram a fabricar carros com blindagem de fábrica no Brasil.
A Audi fabricou seu SUV de porte médio, o Q5, com o máximo de proteção permitida para um veículo civil, ou seja, proteção nível III.
Já a Volvo lançou uma linha inteira de carros blindados de fábrica. A linha é composta por SUVs XC40, XC60 e XC90.
A vantagem dos carros blindados de fábrica é não precisar fazer o desmonte do veículo para então fazer a blindagem.
Os carros-fortes são feitos e blindados sobre encomenda, esse processo é feito dessa maneira para dar mais segurança.
O que é de conhecimento público, é que a blindagem dos carros-fortes é da nível III, ou seja, só não protege de tiros de fuzis.
Na blindagem de nível III, que precisa de autorização prévia das Forças Armadas para a aplicação, o vidro pode chegar a 21 milímetros, as chapas de aço podem ter 3 milímetros de espessura e são aplicadas 10 camadas de aramida.
Toda essa proteção faz com que o veículo fique com 130 kg a mais e resista a disparos de calibre Magnum 44.
Os pneus não podem ser blindados, mas passam por um processo de proteção que os deixam mais resistentes, possibilitando também que o veículo possa circular por mais alguns quilômetros.
Essas proteções podem vir da cinta de borracha que permite que mesmo depois de atingido, o veículo rode por mais 50 quilômetros. Ou da cinta metálica, que ajuda a prender o pneu na roda e que permite que o carro circule por mais um tempo, com velocidade reduzida.
A vistoria veicular é essencial para o processo de transferência, pois quando realizada uma transferência veicular, é preciso a emissão de um novo CRV. Sem o laudo de vistoria é impossível a emissão desse documento.
Esse procedimento, além de obrigatório para a transferência, também serve como uma fonte de segurança para o condutor e seus passageiros. Também dá mais segurança ao comprador, que assim fica ciente de que o veículo está regularizado.
Alguns dos itens que são vistoriados estão:
A vistoria é feita através de empresas credenciadas de vistoria.
A transferência de veículo é um processo obrigatório a ser feito quando há mudança de proprietário ou de localidade do veículo.
O valor da transferência sofre alteração todo ano. O valor também muda de um estado para outro. Em São Paulo, no ano de 2020, o valor é de R$ 212,60 para veículos com licenciamento em dia e R$ 306,47 para veículos sem ter feito o licenciamento.
O proprietário do veículo tem um prazo de 30 dias para fazer a comunicação. Se esse prazo não for respeitado, o proprietário será autuado com uma multa grave, no valor de R$ 195,23.
É necessário fazer a autenticação em cartório do documento de comunicação de venda. Esse documento é essencial para a transferência de veículo.
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